Pesquisadores do Instituto Butantan em São Paulo descobriram uma técnica para a produção do veneno de aranha-marrom importante na fabricação do soro, trata-se da produção da mesma toxina do veneno só que através de bactérias e não mais coletando das aranhas. Pesquisadores introduziram um gene da aranha-marrom na bactéria escherichia coli fazendo com que ela produza a mesma enzima contida no veneno que é fabricado pela aranha e responsável por alguns dos sintomas da picada, a esfingomielinase-D.
A aranha-marrom é uma espécie venenosa comum no sul do país e de 7 a 12 milímetros de comprimento, de hábitos noturnos e que se esconde em locais de pouca luz como sotãos, cavernas, garagens, folhas e cascas de árvores. Existem três espécies da aranha-marrom Lexoceles gaucha, Lexoceles intermedia e Lexoceles laeta. Por enquanto o soro utilizado no tratamento da picada de aranha-marrom é extraído da espécie L.gaucha, aranha armadeira e escorpião amarelo, mas a maioria dos acidentes ocorre com a espécie L. laeta onde esse soro não é muito eficaz. A aranha-marrom não é uma espécie agressiva e geralmente pica quando tem seu corpo comprimido contra algum objeto, por exemplo ao se esconder em sapatos. A picada é difícil de ser identificada, além de não causar dor os primeiros sintomas só são vistos 8 horas após o incidente, geralmente a pele apresenta inchaços e lesões, além do indivíduo apresentar dor, febre e urina escura.
A produção de vacinas em quantidade considerável necessita da coleta do veneno de centenas de aranhas e é feito de modo manual, ou seja, cada aranha recebe pequenos choques e que resultam na liberação de cerca de 30 microgramas de veneno, quantidade baixa se pensarmos que uma gota de líquido tem quantidade dez mil vezes maior. Com essa nova técnica, a produção não necessitará das aranhas e a quantidade coletada será maior. O soro fabricado a partir da toxina produzida pelas bactérias será usado no tratamento de picadas de aranha-marrom das espécies L. intermedia e L. laeta, essa a mais perigosa e presente em países da América e em Santa Catarina.
Por enquanto é uma descoberta e o Instituto precisa comprovar que o soro produzido a partir da produção das bactérias combaterá todas as toxinas que a picada do inseto introduz. Em 2009 foram detectados 17.474 incidentes com a picada de aranhas sendo a aranha-marrom responsável por um terço de envenenamentos.
Por enquanto é uma descoberta e o Instituto precisa comprovar que o soro produzido a partir da produção das bactérias combaterá todas as toxinas que a picada do inseto introduz. Em 2009 foram detectados 17.474 incidentes com a picada de aranhas sendo a aranha-marrom responsável por um terço de envenenamentos.